Epifisiólise do Quadril: Diagnóstico, Tratamento e Reabilitação Fisioterapêutica

Epifisiólise do Quadril: Diagnóstico, Tratamento e Reabilitação FisioterapêuticaA epifisiólise do quadril, também conhecida como escorregamento da epífise femoral proximal (SCFE - Slipped Capital Femoral Epiphysis), é uma das principais causas de dor e limitação funcional em adolescentes, especialmente durante períodos de crescimento acelerado. Caracteriza-se pelo deslocamento da epífise da cabeça do fêmur em relação ao colo femoral, comprometendo a estabilidade e a mobilidade da articulação do quadril.Essa condição pode evoluir de forma progressiva ou surgir após traumas leves, sendo frequentemente associada a fatores como alterações hormonais, sobrepeso e predisposição genética. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações como necrose avascular e osteoartrose precoce.Neste artigo, exploramos as causas, sintomas, diagnóstico e as melhores estratégias fisioterapêuticas para reabilitação, garantindo um retorno seguro às atividades diárias e esportivas.

Causas e Fatores de RiscoA epifisiólise do quadril ocorre devido à fragilidade da placa de crescimento (fise) da epífise femoral proximal, tornando-a suscetível ao escorregamento em relação ao colo do fêmur. Esse deslocamento ocorre porque a fise ainda não está completamente ossificada, o que reduz sua resistência às forças mecânicas que atuam sobre o quadril.A condição é multifatorial, envolvendo aspectos biomecânicos, hormonais e metabólicos. Entre os principais fatores de risco, destacam-se:1. Alterações hormonaisOs hormônios desempenham um papel fundamental na maturação óssea e na integridade da placa epifisária. Algumas condições podem afetar essa estabilidade:

  • Alterações no hormônio do crescimento (GH): níveis elevados de GH, como ocorre na obesidade, podem estimular o crescimento ósseo rápido, tornando a fise mais vulnerável ao deslocamento.
  • Hipotireoidismo: a deficiência dos hormônios tireoidianos pode atrasar a maturação óssea, deixando a placa de crescimento aberta por mais tempo e mais suscetível ao escorregamento.
  • Resistência à insulina: comum em adolescentes com sobrepeso, pode comprometer a estrutura da cartilagem de crescimento, aumentando o risco de epifisiólise.

2. Fatores mecânicos e biomecânicosO quadril está constantemente submetido a forças compressivas e de cisalhamento, que podem predispor ao escorregamento da epífise. Fatores como:

  • Obesidade: o excesso de peso aumenta a carga sobre a articulação do quadril, favorecendo o deslocamento da epífise. Pacientes obesos apresentam mais risco de desenvolver a condição.
  • Diminuição do ângulo cervicodiafisário: um ângulo menor entre a cabeça femoral e o colo do fêmur pode aumentar as forças de cisalhamento sobre a fise.

3. Predisposição genética e histórico familiarA epifisiólise pode apresentar um padrão de recorrência familiar, sugerindo um componente genético. Indivíduos com parentes próximos que já tiveram a condição possuem maior risco.4. Prática esportiva e traumas repetitivosEmbora a epifisiólise possa ocorrer sem um trauma evidente, microtraumas de repetição ou lesões esportivas podem contribuir para o desenvolvimento da condição. Esportes que envolvem impactos e mudanças bruscas de direção, como futebol, basquete e ginástica, podem sobrecarregar a fise femoral, acelerando o processo de escorregamento.A epifisiólise do quadril é uma condição influenciada por múltiplos fatores, incluindo alterações hormonais, biomecânicas e genéticas. O reconhecimento precoce dos fatores de risco permite uma abordagem preventiva e a adoção de estratégias terapêuticas adequadas para evitar complicações futuras.SintomasOs sintomas da epifisiólise do quadril geralmente se desenvolvem de forma progressiva, mas também podem surgir de maneira súbita em casos mais graves. O principal sintoma é a dor na região do quadril, que pode irradiar para a coxa e o joelho, tornando o diagnóstico inicial desafiador, pois a dor referida no joelho pode levar a suspeitas de outras condições. Essa dor tende a se intensificar com atividades que envolvem sustentação de peso, como caminhar, correr ou subir escadas.

  • Dor no quadril: geralmente é o principal sintoma, podendo irradiar para a coxa e o joelho. Intensifica-se com atividades que envolvem sustentação de peso, como caminhar, correr ou subir escadas.
  • Dor referida no joelho: a dor pode ser sentida no joelho, o que pode confundir o diagnóstico inicial, levando a suspeitas de outras condições.
  • Claudicação (mancar): o paciente pode desenvolver uma marcha alterada devido à dor e fraqueza na perna afetada.
  • Limitação de movimentos: especialmente na rotação interna e abdução do quadril, dificultando atividades como cruzar as pernas ou sentar-se corretamente.
  • Encurtamento do membro inferior: em casos graves, pode haver um encurtamento aparente da perna afetada.
  • Desalinhamento da articulação do quadril: em casos avançados, a articulação pode apresentar deformidades, podendo evoluir para complicações como necrose avascular e osteoartrose precoce.

O quadro geralmente se desenvolve de forma gradual, sem um trauma específico. Nos casos mais avançados, a dor pode interferir no desempenho esportivo e nas atividades diárias, tornando essencial uma abordagem fisioterapêutica para o controle dos sintomas e prevenção de complicações.DiagnósticoO diagnóstico da epifisiólise do quadril envolve uma combinação de avaliação clínica e exames de imagem. O primeiro passo é a avaliação clínica, onde o profissional de saúde realiza uma inspeção detalhada da marcha do paciente, avalia a amplitude de movimento do quadril e identifica a presença de dor, que pode ser irradiada para a coxa ou o joelho.A radiografia (Raio-X) é o exame de escolha para visualizar o deslocamento da epífise femoral em relação ao colo do fêmur, e é capaz de confirmar a presença da condição. O Raio-X permite identificar o grau de escorregamento e outras possíveis alterações ósseas associadas à epifisiólise.Em casos iniciais ou quando há suspeita de complicações, como necrose avascular da cabeça femoral, a ressonância magnética (RM) é indicada. A RM oferece uma visão mais detalhada das estruturas moles, como a cartilagem articular, e pode ajudar a avaliar o estado da fise e a presença de lesões adicionais.
Tratamento Fisioterapêutico

O tratamento fisioterapêutico da epifisiólise do quadril tem como objetivo aliviar a dor, melhorar a mobilidade e fortalecer a musculatura ao redor da articulação do quadril, além de prevenir complicações futuras. O tratamento é adaptado conforme o grau de escorregamento da epífise e pode variar entre conservador e cirúrgico. A seguir, são abordadas as principais estratégias fisioterapêuticas:

Tratamento conservador:

O tratamento conservador da epifisiólise do quadril busca controlar a dor, minimizar o risco de progressão da lesão e restaurar a função do quadril sem a necessidade de intervenção cirúrgica imediata. A abordagem fisioterapêutica é centrada no alívio da dor e na redução da inflamação, utilizando técnicas como crioterapia, terapias manuais e exercícios controlados para melhorar a mobilidade articular. Técnicas de mobilização articular também podem ser implementadas para preservar a amplitude de movimento do quadril, além de exercícios passivos assistidos para manter o movimento sem forçar a fise lesada. A fisioterapia também foca no fortalecimento progressivo dos músculos da coxa e dos glúteos, que ajudam a dar mais estabilidade ao quadril e a reduzir as forças que podem causar deslocamentos na região da epífise.

Tratamento pós-operatório:

No tratamento pós-operatório, a fisioterapia tem um papel crucial na recuperação funcional do paciente após a fixação cirúrgica da epífise. Inicialmente, o foco está na preservação da amplitude de movimento e na mobilização passiva para prevenir rigidez articular. A mobilização passiva assistida é realizada para evitar contraturas, enquanto a progressão para movimentos ativos ocorre conforme o paciente ganha força e estabilidade. O fortalecimento muscular, particularmente do quadríceps e glúteos, é essencial, pois a função muscular desempenha um papel importante na estabilidade do quadril. Exercícios resistidos são introduzidos de forma gradual, para permitir um aumento progressivo da carga. Além disso, a fisioterapia pós-operatória inclui exercícios proprioceptivos e de equilíbrio, visando restaurar a percepção da posição do quadril no espaço e prevenir futuras lesões. A monitorização contínua do paciente é fundamental para ajustar a intensidade dos exercícios e garantir uma recuperação eficiente sem sobrecarregar a articulação.


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