Padel em Alto Nível: Como a Fisioterapia Te Mantém Saudável e Competitivo por Mais Tempo

O padel é um dos esportes que mais cresce no Brasil e no mundo. Dinâmico, rápido e envolvente, ele exige agilidade, potência, controle de tronco e reações rápidas em um espaço limitado. Com o aumento de praticantes, cresce também o número de lesões – especialmente em ombro, cotovelo, joelho e tornozelo.Neste cenário, a fisioterapia esportiva assume um papel fundamental: não apenas na reabilitação após uma lesão, mas também na prevenção e na otimização da performance. Se você quer jogar por muitos anos, com qualidade e segurança, este texto é para você.

Causas mais comuns de Lesões no Padel

As lesões no padel geralmente são causadas por um conjunto de fatores:

• Sobrecarga mecânica: Golpes como o smash ou bandeja geram alta demanda no ombro e cotovelo.

• Técnica inadequada: Realizar movimentos de forma incorreta sobrecarrega articulações e músculos.

• Desequilíbrios musculares: Fraquezas de core, nos estabilizadores do quadril e da escápula comprometem a eficiência dos movimentos e geram compensações articulares. Isso pode levar a maior tensão nos braços e ombros durante a execução dos golpes, essas disfunções musculares aumentam a incidência de lesões em esportes de raquete.

• Falta de preparo físico específico: A ausência de treino neuromuscular adequado aumenta o risco de entorses e lesões tendíneas.

Sintomas mais frequentes em Atletas de Padel

Entre os sintomas relatados pelos praticantes, destacam-se:

• Dor no ombro ao levantar o braço ou sacar.

• Dor na parte externa do cotovelo (epicondilite lateral)

• Desconforto no joelho ao agachar ou trocar de direção. 

• Instabilidade ou dor no tornozelo após torções frequentes.

• Dor lombar ao executar golpes com rotação de tronco.

Esses sintomas muitas vezes são ignorados ou tratados de forma superficial, o que favorece a cronificação do problema e reduz o desempenho esportivo.

Diagnóstico: O papel da avaliação funcional

O diagnóstico fisioterapêutico vai além dos exames de imagem. Através de testes clínicos, avaliação de movimento, força, controle motor e gestos técnicos, o fisioterapeuta identifica:

• Quais estruturas estão sobrecarregadas?

• Quais padrões de movimento estão alterados.

• Quais músculos estão fracos ou inativos?

• Quais gestos esportivos precisam de melhora.

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A importância da fisioterapia na reabilitação e prevenção

A fisioterapia tem papel essencial tanto na reabilitação quanto na prevenção das lesões mais comuns no padel. Quando falamos de reabilitação, é fundamental que o tratamento não se limite ao controle da dor ou ao repouso.

Estudos recentes demonstram que programas de reabilitação que combinam exercícios excêntricos, pliometria e treino de controle motor oferecem excelentes resultados no tratamento de tendinopatias, quando aplicados de maneira individualizada e progressiva (Scattone Silva et al., 2020). Além disso, o treinamento de estabilidade articular, especialmente em membros inferiores, tem mostrado impacto significativo na redução da recorrência de entorses de tornozelo e no controle do tronco (Hoch et al., 2021; Gribble et al., 2021).

Já no contexto da prevenção, a fisioterapia é ainda mais estratégica. Por meio de avaliações periódicas, o fisioterapeuta identifica padrões de movimento disfuncionais, déficits musculares ou assimetrias que aumentam o risco de lesão. Com base nessas informações, são prescritos exercícios, estratégias de mobilidade, controle motor e treino preventivo adaptado às exigências do padel. Evidências recentes indicam que programas preventivos estruturados, que combinam força, propriocepção e controle neuromuscular, são eficazes na redução da incidência de lesões em esportes de raquete, com quedas de até 40% na ocorrência de lesões musculoesqueléticas (Silva et al., 2021; Oliveira et al., 2022; Wilke et al., 2020).

Além disso, o acompanhamento fisioterapêutico permite que o atleta aprenda a lidar melhor com sinais de sobrecarga, a organizar sua rotina de treinos, a recuperar-se de maneira eficiente entre jogos e a corrigir aspectos técnicos que estejam sobrecarregando seu corpo. Em outras palavras, a fisioterapia no padel não é um "plano B" para quem se machucou, mas uma ferramenta de alto valor para quem deseja jogar com qualidade, longevidade e sem dor.

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